O quanto você tenta antes de desistir?

Não gosto de fazer coisas que dão errado. Evito situações desconhecidas, pessoas novas, exposição. Assim, eu consigo garantir que a maior parte das minhas ações serão previsíveis e corretas. Nem sempre foi assim. Quando eu era criança, eu estava sempre enfiando o nariz onde não era chamada (um dia eu literalmente enfiei o nariz na porta do quarto dos meus pais tentando ouvir o que eles estavam falando de mim. Minha mãe ouviu o barulho e disse: olha só, é nisso que dá tentar ouvir a conversa dos outros!)

Eu tentava fazer coisas que nunca tinha feito antes. Dar cambalhota, pular de um bloco em outro bloco, falava com pessoas novas. Porém, ao vivenciar essas experiências, notei que as vezes eu caía, as vezes, me tratavam com desprezo, as vezes eu era até mesmo xingada pela minha atitude.

Então, comecei a organizar as ações que eram seguras a serem realizadas e as que não eram. Andar com sandália sem antiderrapante: nunca mais! Comer algo muito quente: faz muito mal! Falar com desconhecidos: é furada! Andar com a minha melhor roupa: só se eu gostasse de ouvir “tá se fazendo de riquinha agora?”

É natural experimentar, errar, experimentar, acertar, experimentar, desistir. É parte do processo natural de crescimento, e é importante que seja assim. Devemos aprender como sobreviver, evitando perigos, como comer comida quente de mais, mas não devemos nos limitar por crenças sobre a vida que nos rodeiam e nos impedem de viver plenamente, como vestir-se bem e sentir-se bem.

Nunca vou esquecer do dia em que me perguntaram o que eu queria fazer quando crescesse e eu disse que faria faculdade na USP. A pessoa riu da minha cara, com um ar de “até parece”. Não me deixei abalar. Como contei aqui neste post, continuo seguindo em busca da vida plena que Deus me reservou ainda aqui, através da nova criação realizada por meio da morte e ressurreição de Cristo.

Quantas vezes já evitamos situações desconhecidas, novas amizades ou exposição por medo do fracasso? Desistimos, antes mesmo de tentar. A jornada da vida é repleta de experimentações, quedas, vitórias e lições aprendidas. Quando éramos crianças, éramos curiosos, tentávamos o desconhecido, mas com o tempo, experiências negativas nos ensinaram a classificar as ações em seguras e perigosas. Evitar riscos é uma parte natural do crescimento, mas não devemos deixar que o medo nos impeça de viver plenamente. A vida é uma mistura de tentativas e erros, e é essencial abraçar essas experiências, assim como persistir em nossos sonhos, independentemente do ceticismo alheio. A verdadeira coragem reside em continuar nossa jornada, mesmo quando outros duvidam de nossos objetivos. Portanto, nunca deixe que o medo ou o ceticismo alheio o impeçam de seguir seu caminho em direção a uma vida plena e significativa.

Viva plenamente!


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