Quando foi a última vez que você se emocionou com a vida?

A última vez que me emocionei até chegar a chorar foi quando observei meu filho, tranquilo, depois de mamar, com um olhar curioso para descobrir que mundo é esse que agora ele vive. Pensei: meu Deus, como uma vida tão novinha, tão ingênua, tão pequena, já tem tudo o que é necessário para ser um ser humano. Todo o material para se tornar um homem adulto está aí, não precisa fazer nada mais além de alimentar, ensinar e deixar viver. Todo o corpinho dele está preparado para crescer e aprender, julgar e trabalhar, amar e lutar. E chorei, e agradeci a Deus por me dar tão grandioso presente, uma vida para cuidar, e entender de verdade sobre o que é a vida.

Há tanto na Bíblia sobre mães e pais, e mesmo tendo lido várias vezes estas passagens eu não era capaz de compreender. Até que me tornei mãe e vi meu marido se tornar pai. Deus desenhou a criação de modo que nossa percepção do que de fato é viver se amplia quando nos tornamos responsáveis por outro alguém. Entendemos a nós mesmos ao ver nossos filhos fazendo coisas sem sentido, que não são boas para eles, pedindo o que eles não precisam, chorando por não entender que estão sendo protegidos. Entendemos nossos pais e perdoamos por eles não terem sido perfeitos conosco, quando vemos os erros que cometemos com nossos filhos. Entendemos Deus nos deixando passar por situações difíceis para que fiquemos mais fortes, corajosos, enfim, para que aprendamos.

Entendemos ainda que é preciso confiar no Senhor para cuidar destes pequenos. Porque mesmo que soubéssemos de tudo, não somos capazes de lhes dar saúde ou sabedoria. Apenas cultivamos. Confiando que Deus dará todas as coisas que eles necessitam.

Nas minhas postagens falo muito sobre o que fazer, o que pensar, em quê trabalhar para ter uma vida plena, porém para enxergar a plenitude da vida também é necessário parar e contemplar. Observar as pessoas ao seu redor. Admirar a maravilha que é viver e estar entre outros viventes. Emocionar-se com a impressionante realidade que somos todos nós, aqui e agora.

Viva plenamente!


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